quarta-feira, 29 de junho de 2011

A liberdade sexual no envelhecimento: risco e rejuvenescimento


O assunto será tema de uma mesa redonda no Congresso de Sexualidade Humana em outubro deste ano, na cidade de Londrina. E de tão importante que o considerei, aproveito o espaço para deixar o meu recado, e estimular os curiosos e interessados a participarem do evento.
Falar sobre liberdade sexual é “chover no molhado”, de tão desgastado que o assunto parece ser. No entanto, a especificidade gera curiosidade: Liberdade sexual no envelhecimento? Riscos e rejuvenescimento? Como assim?
Se não havíamos pensado antes, de qualquer forma pensando agora, parece óbvio a maravilha que a situação gerou para a população oprimida pelo preconceito, excluída do valoroso mundo produtivo, deprimida e com desesperanças em sonhos amorosos. A liberdade sexual abriu uma porta para a felicidade afetiva-sexual dos idosos, e os rejuvenesceu. Sim. E eles saíram por aí dançando, namorando, viajando e se amando. Tudo muito lindo se não fosse a devastadora Aids na sua malignidade. 
Pois, é sobre os benefícios gerados com a liberdade sexual no envelhecimento, e sobre o grande alerta aos prejuízos e cuidados imprescindíveis a serem tomados, entre outros, que o tema se estenderá.
Participe. Esperamos por vocês.  


A história de um grande amor pode ser breve, e chegar ao fim.
 
"O futuro é hoje, viva o amor protegido:
Use preservativo."

A AIDS está aumentando assustadoramente na população idosa!


O FRIO

 Olha só o jeito do frio
Maroto fazendo ar sombrio,
Em sua cor acinzentada em matizes,
Conversa, provoca, instiga e ameaça
Além de rir da gente a tiritar em calafrio.
Olha só a cara do frio
Faz soprar aquele vento do sul
O tal de Minuano que canta
Por todos os cantos o seu mantra,
A fazer sentir nos ouvidos, pele, ossos e pensamento
O encanto e a dor do seu acalento.
Olha só nosso inverno e seu frio,
Com garoa fina e contínua
E o zunir do vento a estremecer janelas.
Enseja lareira e aroma de eucalipto
Saborosa janta, talvez em baixelas
Acompanhada de bom e encorpado vinho tinto.
E nos labirintos dos meus devaneios
Pede almofadões e braços fortes
 Corpos cúmplices e sintonia de almas,
Num mesclado de juventude que resta
Com esperança que nunca abandona
Percorrendo caminhos que o tempo faz
Sulcando a pele na suave flacidez
De quem quer viver e brincar em paz
Também com o frio.