O envelhecimento é dádiva da vida
e, nos patamares atuais, uma grande conquistada da ciência. Naturalmente que a
saúde também decorre dos avanços científicos, além de outros fatores, mas ela depende
bastante dos esforços individuais - de atitudes positivas e proativas frente à própria
existência.
A saúde que aqui me refiro, não é o estado de ausência de doenças, é uma condição geral do indivíduo que o
permite desfrutar de seus momentos com razoável bem estar e qualidade, apesar
das doenças previsíveis e/ou imprevisíveis a que todos estamos expostos ao
simples fato de estarmos vivos.
A informação obtida e facilmente propagada
a partir do desenvolvimento das ciências é imprescindível, e uma forte aliada para
a promoção da saúde, porém é de pouca serventia ter conhecimento se dele não fazemos
uso.
Quem dentre nós ainda não sabe:
- que se deve comer colorido, em
quantidades e intervalos pequenos, e sempre controlando a ingesta de açucares e
gorduras?
- que se deve fazer atividade
física sistematicamente?
- que se deve evitar o sol entre
10 e 16 horas, principalmente no verão?
- que se deve ler ou estudar
regularmente, inclusive em idade avançada, para exercitar a inteligência e a
memória?
- que se deve fazer exames
médicos anuais a partir da meia idade?
- que se deve evitar a ingestão
de álcool antes de dirigir?
- que se deve evitar ambientes e
relacionamentos hostis e beligerantes?
- que, enfim, é melhor prevenir
do que remediar?
Quem não sabe?
Mas, quantos de nós, mesmo
sabendo dessas e de outras informações praticamente óbvias, continua a não cultivar
os bons hábitos recomendados à vida saudável? Certamente somos muitos a nos
justificar através de pequenas ou falsas verdades. Por vezes, inclusive,
através de grotescas mentiras.
Para termos saúde é preciso dar
atenção às dimensões da nossa existência.
Precisamos cuidar do nosso corpo (atendendo
sua abrangência e particularidades); precisamos cuidar das nossas emoções (administrando com competência
sua vasta complexidade); cuidar da nossa inteligência
(desafiando-a em suas capacidades); cuidar da nossa sociabilidade (nutrindo permanentemente os laços familiares e de amizade);
assim como, cuidar da nossa espiritualidade
(independentemente da configuração que ela adote para nós). Será no
investimento harmônico e no entrecruzamento dessas perspectivas humanas que
tenderemos alcançar maior qualidade na vida e um envelhecimento mais saudável e
realizador.
No presente, pinçarei a dimensão do corpo e me deterei na
perspectiva da atividade física. A
prática do exercício físico tem sido fortemente recomendada por médicos,
nutricionistas, psicólogos, naturalistas, professores de todos os níveis, etc. Ela
é aconselhada para pessoas de todas as idades, formação, ideologia, raça e
condições físicas. E também indicada para minimizar problemas ou evitar doenças.
E para além dos benefícios ao
corpo, a atividade física regular também
contribui à obtenção da saúde emocional, da saúde intelectual, social, e até espiritual. No entanto, e apesar
de tão bem recomendada, a atividade física não tem a adesão que merece. Esse
fato é intrigante, e não canso de me questionar: “Por que temos tamanha
resistência ao exercício físico, quando todas as evidências apontam a tão
grandes e contundentes vantagens?”. Os pretextos mais utilizados são a falta de
tempo ou de dinheiro, a preguiça ou o cansaço, alguma dor ou limitação (nem tão
limitante assim). Ou ainda, e lamentavelmente, a crença onipotente de que a
falta de zelo com o nosso próprio corpo no presente ficará impune ao longo dos
anos futuros.
A partir dessa leitura, tenha
coragem, anime-se e decida com determinação, estabeleça objetivos, resista aos
pequenos obstáculos e seja um vencedor de si mesmo. Faça atividade física
regularmente. Entre para uma aula de dança, caminhe com alguém, jogue ping pong
ou bola (com as mãos ou pés), faça hidroginástica ou natação, ande de
bicicleta, aprende defesa pessoal, troque o elevador pelas escadas, faça
academia. Descubra por qual caminho o seu corpo pode se fortalecer e, por que
não, se divertir.
Nunca é tarde para uma pessoa comum
aprender e começar uma atividade física adequada a sua condição e preferência,
basta que ela tenha boa dose de amor
próprio e alguma força de vontade.
Aproveite o presente estímulo e se responsabilize pelo seu envelhecimento saudável.
Desfrute de qualidade na vida presente e futura, sem culpas nem dívidas para
consigo mesmo.
Vamos embarcar nesta proposta?
Sem postergações?
CUIDE-SE FAZENDO
EXERCÍCIO FÍSICO A PARTIR DE HOJE.