Da janela de seu apartamento a moça tinha o olhar comprido à movimentação do salão de festas do prédio. A decoração de Natal brilhava em luzinhas coloridas e havia dourados espalhados na árvore, em guirlanda e fitas. A mesa com toalha ornamentada em verde e vermelho já tinha sobre si um enorme peru, frutas cristalizadas e algumas saladas. As pessoas bonitamente vestidas iniciavam a chegar. A moça saiu da janela, arrumou-se e perfumou-se, pegou seu panettone e desceu. Caminhando a passos pequenos foi escolhendo entre os rostos presentes e próximos da porta a quem se dirigiria. Uma senhora idosa puxada pela mão de um menino saia do salão. A moça aproximou-se, cumprimentou aos dois com um beijo e perguntou: “estou sozinha na cidade, moro aqui no prédio no apartamento 303, posso passar o Natal entre vocês?”
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Toda a criançada de primos estava a brincar no enorme pátio da casa dos avós aguardando a hora de procurar os presentes. Os onze netos de idade entre os 7 e os 15 anos conversavam, corriam, sorriam, e interagiam com os adultos que também circulavam ora dentro ora fora da casa. Numa brecha, o guri de 10 chegou perto da tia que estava só e se pôs a conversar. Normalmente tão silencioso, hoje ele tinha uma questão que exigia eloquência. Todos estavam a dizer e a argumentar sobre a falsidade do Papai Noel, e ele queria que a tia o esclarecesse, afinal: “Ele existe?” E a tia com naturalidade perguntou: “E no que tu acreditas?” Contra todas as evidências, contra todas as pressões, e contra toda a lógica o guri respondeu: “Eu acredito que o Papai Noel existe!” Ao que a tia sorrindo respondeu: “Então, meu querido, fica tranqüilo e não te preocupes mais, para ti o Papai Noel existe.”
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O casal de estrangeiros preparou a janta de Natal e a compartilhou com um casal amigo. Tudo muito calmo e gostoso. Da cobertura do prédio vislumbravam a cidade, que no momento parecia mais apagada do que acesa. Quando já satisfeitos pela saborosa janta, todos foram à parte descoberta do apartamento admirar o céu desenhado por grandes e carregadas nuvens. Meia dúzia de fogos de artifício brilhou no céu e ressoou seus estampidos à meia-noite. A mulher estrangeira, dona da casa, olhava apreensiva para cima e para todos os lados perguntando: “Onde estão os fogos? Por que não estão soltando mais fogos? É só isso? Onde está a alegria dos céus com seus fogos e brilhos? Não, isso não está certo, estão faltando os fogos!!”
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Um a um começaram a chegar à casa da avó do primo do Gu. Já passava das 2 horas do dia 25. Era uma moçada jovem, alegre, que vinha de suas festas familiares. A maioria não conhecia a avó, muitos não conheciam o Gu, outros nem os primos do Gu, mas todos sentiam-se convidados e estavam muito a vontade nessa festinha de Natal. Na entrada da casa havia um grande saco onde muitos punham dentro objetos trazidos, que, por vezes, até embalados estavam. O saco estava mais cheio do que vazio quando lá chegaram o casal de namorados e uma prima do rapaz. O encontro era de jovens, mas a casa era da avó, uma senhora com idade aproximada de 80 anos, com um lindo sorriso e um corpo magro e ágil. Embora alegre, a avó era de fala mansa e baixa. Na festa a bebida era apenas refrigerante, e comida, ninguém mais queria. Em dado momento a avó sentou a um canto da sala, colocou o saco já cheio ao lado, reuniu todos a sua volta e começou a sortear os “presentes” do “Saco da Avó”. Os três nunca haviam participado deste encontro, mas estavam encantados com a farra e a quantidade de amigos que encontraram ali. No sorteio o rapaz ganhou um adesivo, a namorada uma caixinha de cotonete, e a prima, com mais sorte, ganhou uma agenda do ano anterior e uma xícara.
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Um a um começaram a chegar à casa da avó do primo do Gu. Já passava das 2 horas do dia 25. Era uma moçada jovem, alegre, que vinha de suas festas familiares. A maioria não conhecia a avó, muitos não conheciam o Gu, outros nem os primos do Gu, mas todos sentiam-se convidados e estavam muito a vontade nessa festinha de Natal. Na entrada da casa havia um grande saco onde muitos punham dentro objetos trazidos, que, por vezes, até embalados estavam. O saco estava mais cheio do que vazio quando lá chegaram o casal de namorados e uma prima do rapaz. O encontro era de jovens, mas a casa era da avó, uma senhora com idade aproximada de 80 anos, com um lindo sorriso e um corpo magro e ágil. Embora alegre, a avó era de fala mansa e baixa. Na festa a bebida era apenas refrigerante, e comida, ninguém mais queria. Em dado momento a avó sentou a um canto da sala, colocou o saco já cheio ao lado, reuniu todos a sua volta e começou a sortear os “presentes” do “Saco da Avó”. Os três nunca haviam participado deste encontro, mas estavam encantados com a farra e a quantidade de amigos que encontraram ali. No sorteio o rapaz ganhou um adesivo, a namorada uma caixinha de cotonete, e a prima, com mais sorte, ganhou uma agenda do ano anterior e uma xícara.
"FELIZ NATAL!"