segunda-feira, 3 de agosto de 2020

DEVANEIOS NOTURNOS


Pensamentos perturbadores povoam e se agitam na mente,

Enquanto o corpo mantém-se inerte e jogado sobre os lençóis frios.

A noite avançando na madrugada expõe um silêncio,

O silencio da cidade em coma profundo.

Estou perdida em mim, ou de mim?

Pálpebras, antes cerradas, agora completamente erguidas.

Olhos secos, ingurgitados, não de choro, mas de loucura.

Verdades e mentiras se entrelaçam não fazendo sentido

No jogo de luzes e sombras pervertem-se as noções de certo e errado

Verdades escapam, iludem. Desintegram-se.

As verdades são etéreas, são múltiplas, contraditórias...

Verdades falsas. Sobram as mentiras que acredito

Mentiras que explicam e se consolidam, que nos expõem,

Mentiras que me traduzem. Verdadeiramente?


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